URTICÁRIA
A urticária é uma doença caracterizada pelo aparecimento recorrente de lesões ponfosas (urticas) na pele, em auto relevo e, geralmente, rodeadas por uma borda avermelhada, que coçam intensamente. Além disso, essas lesões caracterizam-se por ser efêmeras, ou seja, permanecem no mesmo local por, no máximo, 24 horas. Em seguida, reaparecem em outras áreas do corpo.
Muitas pessoas com urticária também apresentam angioedema, um inchaço das camadas mais profundas da pele. Entretanto, este problema está mais associado à dor do que a coceira e possui duração de 48 a 72h. Pode aparecer em qualquer parte do corpo, mas é especialmente no rosto que a lesão tem mais impacto. Isso porque deforma significativamente a aparência do indivíduo afetado e, assim, pode causar fechamento da glote com sufocamento secundário.
O diagnóstico é clinico, por isso raramente é necessária uma biópsia de pele para confirmação.
O objetivo do tratamento é o controle completo dos sintomas. Isso é possível através do uso de anti-histamínicos (antialérgicos) em doses otimizadas, sempre priorizando àqueles não sedativos. Casos que não respondem ao tratamento convencional com antialérgicos podem se beneficiar de associação com sedativos e não sedativos, com anti-histamínicos H2 como, por exemplo, ranitidina, cursos curtos de corticoide oral, imunossupressores (medicações que controlam a imunidade) e imunobiológicos (omalizumabe).
É importante que esses pacientes evitem desencadeantes físicos e medicações que estimulem a liberação de histamina pelos mastócitos. Entre eles a aspirina, anti-inflamatórios, codeína e morfina. O estresse deve ser controlado, assim como o sobreaquecimento corporal, a ingestão alcoólica e de aditivos alimentares como conservantes, corantes e salicilatos naturais.